Em reunião pública realizada na noite da última sexta-feira (18), na Câmara Municipal de Botucatu, autoridades, vereadores, comerciantes e representantes da imprensa tiveram a oportunidade de conhecer e discutir o projeto final que prevê a revitalização da Rua Amando de Barros, no trecho entre as ruas Coronel Fonseca e Prefeito Tonico de Barros. Essa obra, prometida desde 2004, finalmente sairá do papel, com objetivo de modernizar o principal corredor comercial da Cidade.

A mesa que conduziu as discussões foi composta pelo prefeito João Cury Neto; pelo presidente da Câmara, vereador Curumim; pelos secretários André Peres (Obras e Mobilidade Urbana) e Antonio Zorzella Neto (Comércio e Serviços); pela presidente do Sincomércio, Fátima Baldini e pelo presidente da ACE/CDL, Luiz Rogério Peres.

A proposta da Prefeitura foi apresentada em um vídeo e através de plantas com explicações do engenheiro Rafael Athanazio, da Secretaria Municipal de Obras. O projeto prevê uma grande modificação na infraestrutura e no aspecto visual da Amando. Para melhoria da mobilidade, as calçadas serão alargadas em cerca de um metro. Haverá padronização com implantação de piso tátil e intertravado drenante. O estacionamento de veículos será permitido em apenas um dos lados da via, com ampliação da pista de rolamento de 3,55 para algo em torno de 4 metros.

O trecho revitalizado receberá floreiras, bancos e lixeiras, além de rampas de acessibilidade. Também será feita a recuperação da pavimentação asfáltica em toda extensão da Amando. Para que haja controle de velocidade dos veículos serão instalados semáforos em todos os cruzamentos. Também está prevista a implantação de câmeras de monitoramento para reforçar a segurança no local. Haverá reforço no sistema de iluminação, com utilização de lâmpadas mais potentes, econômicas e eficientes.

A principal mudança será em relação às melhorias propostas para o cabeamento e fiação elétrica que atualmente causam grande poluição visual no principal corredor comercial da cidade. O alto custo para substituir o sistema atual por uma estrutura subterrânea fez com que a Prefeitura optasse por uma fiação mais compactada. “É uma solução mais barata e que vai reduzir bastante a questão da poluição visual que hoje incomoda quem passa pela Amando”, afirmou Zorzella.

“Estávamos aguardando o orçamento da CPFL e de outras empresas. O investimento nesse item para que tenhamos uma rede mais compacta, mais limpa e mais segura será de cerca de R$ 250 mil. Com isso conseguimos fechar todo o pacote de melhorias que compõem o projeto”, informou o prefeito João Cury.

O custo total da revitalização da Amando está estimado em R$ 2 milhões. O investimento será feito integralmente pela Prefeitura com recursos dos cofres municipais. Após algumas considerações do público que prestigiou a reunião, a proposta foi colocada em votação e acabou aprovada por unanimidade.

A Secretaria Municipal de Obras marcou para o dia 16 de abril o início dos trabalhos, no trecho entre as ruas Coronel Fonseca e Velho Cardoso. Os serviços serão realizados após o horário comercial. A previsão é que em cada quarteirão os trabalhos demorem entre 30 e 45 dias para serem concluídos Um plano de trabalho será definido e discutido com representantes dos comerciantes.

“Será montado um plano de ação para que haja o menor prejuízo possível ao tráfego de veículos e às atividades do comércio. Agora é mexer no primeiro quarteirão para sentir todas as dificuldades. Serão montadas várias frentes de trabalho para que possamos avançar em ritmo acelerado”, informa o secretário de Obras, André Peres.

Segundo o prefeito, o longo prazo entre a concepção do projeto e o fechamento dos orçamentos que permitirão o início das obras demonstra a complexidade da obra. E, segundo ele, o investimento está garantido.

“Agradeço a CPFL, Vivo, NET, Sabesp. Há várias concessionárias de serviços públicos e empresas envolvidas e que prestam serviços aos comerciantes da Rua Amando. Elas têm que estar envolvidas com o projeto porque qualquer decisão pode impactar nos serviços que prestam à população. Isso exigiu de nós um trabalho de articulação permanente para ouvi-los e para que pudéssemos definir os custos. O projeto será executado. Não tem volta. Eu empenhei minha palavra e não posso terminar o mandato e entregar o cargo sem honrar esse compromisso que assumi no passado”, frisa Cury.